quinta-feira, 25 de outubro de 2012

FERNANDO ÁLVAREZ, DesdeLaTrinchera "Coaching"

TEDxVilaMadá - Edmour Saiani - Business ecology





Edmour Saiani fala sobre Ecologia Empresarial. Ele é engenheiro pelo ITA e idealizador da Ponto de Referência, a única Companhia brasileira especializada na construção de cultura de servir e em implantar atendimento como estratégia de marca.

Esta apresentação foi gravada no dia 10 de dezembro de 2009 no Teatro da Vila, durante o TEDx Vila Madá. Para mais informações, acessehttp://TEDxVilaMada.com.br

TEDxVilaMadá - Terry Patten - Appreciating our Koan






apresentação do palestrante Terry Patten, fundador do Integral Intitute (EUA). Este vídeo foi gravado ao vivo durante o evento TEDxVilaMadá realizado em 25 de agosto de 2011, sobre o tema "Bem-estar integral".

TEDxPura Vida 2012 - Bernardo Toro - El cuidado no es una opción. Aprend...

TEDxCeiba - Bernardo Toro - Saber organizarse, la madre de todas las cie...

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RSA Animate - The Empathic Civilisation

Também em: http://videos.sapo.tl/4EhwenJmZPeHiu4ANyDv





Nos últimos dez anos, houve um desenvolvimento bem interessante em: Biologia Evolucionária, Ciência Neuro-Cognitiva, Pesquisa sobre Desenvolvimento Infantil e muitas outras áreas. Estudos que estão começando a desafiar essas ideias regionalistas mantidas há tanto tempo a respeito da natureza humana e o significado da jornada humana.
            Mas existe outra referência emergindo na ciência, que é bem interessante, e que realmente desafia certas suposições. Com isso, as instituições as quais demos origem; A Instituição Educacional, nossas práticas comercias, nossas Instituições Governamentais, tudo baseado nessas suposições que estão para serem quebradas.
            Deixe-me transportar-lo de volta para o começo dos anos noventa, em um laboratório miúdo na cidade de Parma, Itália. Lá, cientistas puseram uma maquina de ressonância magnética em um macaco. Este macaco estava tentando abrir uma noz, e os cientistas queriam ver como os neurônios viriam a acender. Por um acaso – a ciência muitas vezes é regida pelo acaso – um humano entrou no laboratório, viu uma noz, e resolveu abrir-la. O macaco ficou em choque, “quem é esse invasor no meu laboratório” pensou ele. O macaco nem se moveu, ele apenas observou, vidrado, o humano abrindo a noz assim como ele havia tentado alguns minutos antes. Os cientistas olharam pelo monitor dos aparelhos, e os mesmos neurônios que antes acendiam quando o macaco tentava abrir a noz, acenderam quando este observou o humano abrindo a noz. Eles não faziam a menor idéia do que estavam observando ali. Pensaram que a maquina de ressonância havia quebrado.
            E então resolveram repetir o procedimento em outros primatas, especialmente chimpanzés com seu neo-cortez bem desenvolvido, até testarem com humanos propriamente. E o que puderam descobrir depois de repetido o experimento diversas vezes, foram os neurônios-espelhos.
            A conclusão é que todos primatas – elefantes também ainda não se têm certeza sobre cachorros e golfinhos – estão ligados por essa rede formada pelos neurônios espelhos. Ou seja, se eu estou lhe observando, e você está com raiva, ou frustrado, se sente rejeitado ou está alegre, eu posso sentir a mesma sensação. Pois os neurônios-espelhos virão a acender e eu vou sentir como se estivesse passando pela mesma experiência a que observo em você.
            Isso não é tão fora do normal. Se uma aranha sobe no seu braço, e eu estou observando, também irei sentir um arrepio por conta disso. Nós tomamos essa definição como garantia, mas o que realmente estamos tratando é sobre estarmos ligados à experiência das outras pessoas como se estivéssemos passando pela mesma situação.
            Os neurônios-espelhos estão apenas dando início a uma nova e enorme frente de pesquisas dentro da neuropsicologia, pesquisas sobre o cérebro e sobre o desenvolvimento infantil. Tudo sugerindo que nós não somos naturalmente ligados ou estimulados à agressão, ou violência e nem interesses egoístas. Mas que somos naturalmente conectados pela sociabilidade, afeto e companheirismo.
            A primeira jornada, a jornada para o verdadeiro pertencer, é uma jornada empática. O que é empatia? É bem complicado. Quando um bebê na enfermaria começa a chorar, os outros bebês vão chorar em resposta. Mas eles simplesmente não entendem por que o fazem. Isso é estresse empático, vem junto à biologia deles.
            Em torno dos dois anos e meio de idade, uma criança passa a ser capaz de reconhecer a própria imagem no espelho. É a partir desse momento, que você passa a desenvolver a empatia como um fenômeno cultural. Pois a partir do momento em que a criança passa a reconhecer a ela mesma, ela pode perceber que está observando à outra pessoa tendo uma experiência. Portanto eles são capazes de sentir que se eles sentem alguma coisa, é por quer estão observando outra pessoa na mesma situação. Então a criança é uma coisa separada da pessoa a quem observa.
            A individualidade surge junto ao desenvolvimento da empatia. Quanto maior a distinção sobre a personalidade, maior é a empatia. Em torno dos oito anos de idade, a criança aprende sobre nascimento e morte, ela aprende de onde ela veio, aprende que só viverá uma vez, que está vida é muito frágil e um dia eles virão a morrer. Esse é o começo da viajem existencial. Pois uma vez que a criança tem todos esses conceitos consolidados, eles percebem o quão frágil e vulnerável a vida é.
            É difícil estar vivo dentro desse planeta. Seja você um humano, ou uma raposa passeando pela floresta. Portanto quando uma criança percebe que a morte está à espreita, e que ela tem uma história própria de vida, ela percebe que o mesmo vale para todas as outras criaturas viventes. Cada momento passa a ser precioso.
É duro estar vivo, e as possibilidades nem sempre são as mais otimistas. Então se você pensar sobre vezes em que demonstramos empatia pelas outras pessoas e as outras criaturas, é por que nós sentimos a sua luta a respeito da morte eminente, e é, portanto, um ato de celebração à vida. Mostramos solidariedade com a nossa compaixão.
Empatia é o oposto de Utopia. Não existe empatia no céu – eu posso te garantir isso, antes que você chegue lá. Não existe empatia no céu, por que não há mortalidade. Não existe empatia na utopia, por que não existe sofrimento.
A empatia é fundamentada pelo medo a respeito da morte, e a celebração sobre a vida, e ajudando uns aos outros para que possamos prosperar juntos. É baseado em nossas falhas e imperfeições. Então quando falamos sobre construir uma civilização empática não estamos falando sobre utopia. Estamos falando sobre a habilidade humana de mostrar solidariedade, não apenas entre humanos, mas para todas as criaturas viventes desse planeta.
Nós somos homo-empáticos. Então aqui surge uma questão. Nós sabemos que a consciência sofre alterações no curso da história. A maneira como nossa mente está conectada nos tempos de hoje, não é a mesma como ela estava nos tempos medievais. Assim como este seria diferente da mente de nossos ancestrais de mais de quarenta e dois mil anos atrás. Portanto, a questão que abri quando comecei esse estudo, há quarto anos atrás, é: Como a consciência se modificou no curso da história?
Temos de então imaginar a seguinte proposição. Se os humanos são naturalmente tensionados ao estresse empático, seria possível estendermos a nossa empatia para toda a raça humana? Como uma família estendida, e para as nossas criaturas irmãs, como parte de nossa família evolucionária, tendo a biosfera como a nossa comunidade comum. Caso seja possível imaginar tal, então talvez sejamos capazes de salvar a nossa espécie e salvar o planeta. Se essa proposta for de fato impossível, eu não consigo imaginar como seremos capazes de outra maneira.
Empatia é a mão invisível. Empatia é o que permite estendermos a nossa sensibilidade para outra pessoa, para que possamos construir maiores e mais largas uniões sociais. Empatizar é civilizar. Civilizar é empatizar. Há quarenta e dois mil anos, a comunicação social se estendia apenas a uma comunidade tribal, e gritos à distância. Qualquer outra pessoa do outro lado da montanha era o Alien invasor. Portanto empatia estava restrita a laços sanguíneos.
Quando nos desenvolvemos para as civilizações de base agrícola, onde a escrita nos permita estender o sistema nervoso central e anular o efeito do tempo. Trazendo as pessoas mais próximas das outras, com a maior apreciação sobre habilidades melhor desenvolvidas, e o crescimento da individualidade, principalmente a respeito da consciência teológica. Foi então quando deixamos de lado os laços tribais, e adquirimos laços religiosos. Portanto judeus passaram a ver todos os outros judeus, como uma extensão de suas famílias, e passaram a empatizar uns com os outros. O mesmo aconteceu com os cristãos, os mulçumanos e por ai vai.
Quando chegamos ao século dezenove, com a revolução industrial, e nós estendemos o mercado para áreas maiores, criando a ficção a respeito dos estados nacionais. De repente, todos os britânicos passaram e enxergar uns aos outros como uma extensão de suas famílias. O mesmo valeu para os alemães, os americanos, italianos e etc. Não existe tal coisa como “Alemanha”, ou “França". Essas são ficções, mas elas permitem que estendamos nossas relações de empatia para que tenhamos lealdade em dividirmos uma identidade comum. Baseando-se na nova complexa energia da revolução da comunicação, que nos permite anular o tempo e o espaço.
Se nós saímos de laços consanguíneos, para laços religiosos, para empatia baseada em identificações como nações; seria tão difícil imaginar, a tecnologia da atualidade, nos permitindo conectar nossa empatia com toda a humanidade, ou mesmo com todas outras criaturas em uma única biosfera?
Nós temos a tecnologia para estender o sistema nervoso central e sentirmos todos entranhados em uma grande família. Quando houve aquele terremoto no Haiti – depois no Chile, mas se tratando apenas do Haiti – em uma hora os twitts sobre o assunto surgiram, em duas horas já haviam vídeos do terremoto no youtube, e em três horas a humanidade inteira estava mobilizada, por meio da empatia, a ajudar o Haiti.  Se nós fossemos como a corrente iluminista de pensadores sugere; materialistas, egoístas e egocêntricos; não viríamos a empatizar tão depressa com o Haiti.
Aparentemente, há cento e setenta e cinco milhares de anos atrás, no vale do Rift, – África – viviam dez mil anatomicamente modernos seres humanos – nossos ancestrais. Os geneticistas localizaram uma singular origem genética feminina. Aparentemente, seus genes foram passados para todas as pessoas na terra, as outras mulheres não perpetuaram. E tudo fica ainda mais curioso, pois eles localizaram uma base de genes masculina, – denominado de cromossomo-y adão, supostamente um pretendente melhor qualificado - seus genes estão nas células de todos humanos viventes. Então aqui está uma grande novidade, mais de 6,8 bilhões de pessoas; todas com suas diferenças teológicas, ideológicas, psicológicas, dramaturgas; todas lutando umas com as outras sobre ideias diferentes a respeito do mundo, e adivinhe só? Nós todos descendemos de apenas dois seres humanos – a bíblia acertou sobre esse ponto. Nós poderíamos ter originado de muitos, mas a idéia é que precisamos passar a pensar uns nos outros como uma extensão de uma família. E com isso não é necessário abandonar nossas identidades pessoais. Nós não perdemos nosso senso de identidade, nossas identidades religiosas, identidades nacionais, identidades consanguíneas. Mas nós estendemos as nossas identidades para que possamos pensar sobre a raça humana como irmãos de luta, assim como as outras criaturas viventes dentro de uma biosfera comunitária.
Precisamos repensar a narrativa humana. Caso sejamos realmente homo-empáticos, então precisamos exaltar essa natureza adormecida. Pois se permitirmos reprimir tal por meio das relações parentais, educacionais, comerciais e governamentais; a jornada secundária emerge: o narcisismo, o materialismo, a violência, e agressão e etc.
Caso precisemos abrir uma discussão global sobre a empatia façamos o quanto antes. Comecemos a repensar sobre a natureza humana. Expressemos a nossa sociabilidade empática. Para que possamos repensar sobre as instituições da sociedade e prepararmos o terreno para uma civilização empática.

Esse texto é a tradução de uma palestra feita durante um encontro da RSA (Royal Society for the encouragement of Arts – Sociedade Real para encorajar a Arte) promovida pelo palestrante/escritor/pesquisador Jeremy Rifkin – tudo que eu adoraria me tornar. A tradução é de minha autoria. Tive de fazer várias adaptações, mas espero ter mantido em fidelidade a intenção principal de cada passagem.
             Postei assim que terminei de traduzir, levei pelo menos cinco horas para traduzir o vídeo na integra. Pretendo fazer o mesmo com alguns outros vídeos da RSA Animate que virei a selecionar.

Dr. Humberto Maturana en Tolerancia Cero

The Empathic Civilization - Jeremy Rifkin: The Empathic Civilization





GEDA - Rogério Abramo Pretti

A Civilização Empática de Rifkins e os animais não-humanos

02 de setembro de 2011 às 14:03

The Empathic Civilization – The race to global consciousness in a world in crisis (A Civilização Empática – A corrida para a consciência global em um mundo em crise) de Jeremy Rifkin foi publicado em 2009 e ainda não há tradução para o português. Com quase 700 páginas, o livro tem um objetivo ambicioso: lançar uma nova perspectiva sobre a história e o sentido da existência humana a partir da noção que a especie humana é essencialmente empática. A evolução humana deve ser medida não apenas pela expansão do poder dos humanos sobre a natureza, mas igualmente pela intensificação e extensão da empatia humana. Assim, Rifkin procura, através da análise histórica e da psicologia, estabelecer quais mecanismos permitem a sensibilidade empática amadurecer e expandir sua área de alcance.
Com base em resultados de pesquisas recentes da psicologia evolutiva, da neurociência cognitiva e dos estudos do desenvolvimento infantil, Rifkin argumenta que a visão de que os humanos são por natureza egoístas, racionais, materialistas, individualistas e utilitarista  estaria incorreta: os humanos são empáticos por natureza, realizam-se na compaixão, solidariedade e pertencimento.
Entretanto, a extensão da empatia humana é produto da história. A cada novo regime energético e de comunicação a empatia humana ganha maior alcance. Ao estender o sistema nervoso central de cada indivíduo e da sociedade como um todo, as revoluções nos regimes energéticos e nas formas de comunicação proporcionam um campo empático cada vez mais inclusivo.
Um exemplo: durante o período das grandes civilizações agrícolas-hidráulicas, caracterizada pela escrita e consciência teológica, a sensibilidade empática passou a englobar além dos laços de sangue e tribais, os laços com base na afiliação religiosa comum. Judeus passaram a simpatizar com os judeus, os cristãos com cristãos, muçulmanos com os muçulmanos. Na primeira revolução industrial, caracterizada pelos meios de comunicação escritos e da consciência ideológica, a sensibilidade empática foi estendida para as fronteiras nacionais, alemães desenvolvendo maior empatia com alemães, japoneses com japoneses. Na Segunda Revolução Industrial, caracterizada pelo uso de combustíveis fósseis e comunicação eletrônica, as pessoas começaram a se identificar com outras pessoas com interesses semelhantes.
Com a atual revolução dos meios de comunicação, produto do recente salto na tecnologia da informação, e a necessidade de um  regime energético baseado em fontes de energia renováveis e não mais nos combustíveis fósseis, que o autor denomina de Terceira Revolução Indústrial,  o homem encontrou a possibilidade de expandir seus sentimentos empáticos para todos da espécie humana, até mesmo para outras espécies, os não-humanos, para o planeta terra, o que o autor denomina de a empatia global ou biosférica.
Porém, nessa transição para um novo regime energético e de comunicação, a empatia global é ao mesmo tempo apenas uma possibilidade e uma necessidade para a própria sobrevivência do planeta terra. O mesmo regime energético, baseado nos combustíveis fósseis,  que permitiu um maior desenvolvimento da empatia humana está colocando em risco o próprio planeta Terra.  Nesse sentido, o autor coloca a questão que considera central em seu livro: Podemos alcançar a empatia global a tempo de salvar a Terra da extinção?
A extensão da empatia dos humanos aos outros animais não-humanos (“our fellow species” como chama o autor), o ativismo pelos direitos dos animais e sua importância para o desenvolvimento de uma empatia biosférica são tratados em apenas 6 páginas do livro. Para Rifkin, o movimento dos direitos animais é um “possivel prenúncio da chegada da Era da Empatia”.
É decepcionante a superficialidade e leveza com que Rifkin trata a questão da relação dos humanos com os não-humanos no The Empathic Civilization. Em especial, pelo fato de sua companheira, Carol Grunewald, ser uma ativista pelos direitos animais e o próprio Rifkin autor de Beyond the Beef – The Rise and Fall of Cattle Culture (Além do Bife: Ascensão e Queda da Cultura do Gado) , de 1992, e do artigo A Chage Of Heart About Animals (Uma mudança de coração sobre os animais), de 2003, sobre a necessidade dos humanos expandir sua empatia aos animais não-humanos.
A despeito da decepção que o leitor mais preocupado com a os direitos dos animais não-humanos pode ter com a superficialidade do tratamento de Rifkin da importância na inclusão de todos os terráqueos no círculo empático, a leitura de seu livro pode nos ajudar a repensar o ativismo pela abolição da exploração animal.
Rifkin destaca a importância de se pensar a razão dos humanos como uma razão encarnada, ou seja, ao mesmo tempo um produto da história humana e de nossa biologia, na qual as emoções e sentimentos não podem ser facilmente desvinculadas do raciocínio meramente lógico e calculista. Um alerta importante aos que acreditam que um mero apelo à razão lógica dos humanos é suficiente para a abolição da exploração dos não-humanos. É necessário considerar a importância que o “irracional”, as emoções, desempenha na visão de mundo e atitudes dos humanos. A mudança da sensibilidade humana, que possibilite uma empatia inclusiva de todos não-humanos, somente é possível  através de uma mudança da sociedade, de forma progressiva e calcada em novas experiências de estar o mundo e relacionar-se com o Outro, humano ou não-humano.
Embora a empatia faça parte da natureza humana, sua extensão e maturidade devem ser desenvolvidas. O livro de Rifkin dedica centenas de páginas no estudo do amadurecimento da empatia na história e sua base socioeconômica. Portanto, é insuficiente apenas contar com a empatia humana para a construção de um mundo livre da exploração animal sem se preocupar com a construção de uma sociedade que permita uma empatia mais ampla e madura. O desenvolvimento de uma sociedade verdadeiramente empática, em que abranja os não-humanos, deve ser construída a partir de mudanças no sistema educacional, na relação dos pais e filhos, no governo e na economia. Dessa forma, o ativismo abolicionista não deve se limitar às campanhas de conscientização, mas também em campanhas que permitam mudar a base de nossa sociedade, na construção de uma empatia humana mais ampla e madura.
A partir desta perspectiva, de uma empatia em desenvolvimento e amadurecimento, devemos reavaliar se as medidas bem-estaristas estariam de fato em oposição ao ativismo abolicionista, se não seria uma etapa necessária para construção de uma base social e econômica para a percepção progressiva dos não-humanos como integrantes do mesma esfera de consideração moral dos humanos. Será o tratamento “humanitário” dos não-humanos acomoda a consciência humana, tornando a abolição da exploração animal mais distante, ou uma primeira reflexão empática sobre a exploração dos não-humanos?
Como a empatia é tema central no ativismo pelos direitos dos animais não-humanos, a leitura do The Empathic Civilization pode nos ajudar a pensar alguns temas importantes para o movimento, apesar da superficialidade da obra em muitos aspectos e da relutância de Rifkin em colocar de forma clara a verdadeira questão: a civilização humana poderá escapar de sua própria débâcle sem a abolição da exploração dos não-humanos?
Rogério Abramo Pretti – Graduado em Ciências Sociais pela USP

The Empathic Civilization - Authors@Google: Jeremy Rifkin




Grandes mudanças na consciência na história ocorrem quando duas coisas acontecem, em primeiro lugar, nós mudamos a maneira que organizamos a energia da Terra, em segundo lugar, mudamos a maneira pela qual nós nos comunicamos para organizar estas revoluções de energia. Eles mudam a consciência humana, expandem os horizontes da consciência empática. A empatia é mais do que uma pessoa entrar em sintonia com o drama de outra pessoa. A empatia é a compreensão de causa e efeito com a sociedade como um todo, com o mundo ou com os sistemas naturais. Quando a tecnologia de energia aumenta, então há uma consequente necessidade de aumento da capacidade de comunicação. Quando os sumérios começaram a aproveitar a energia armazenada do Sol nas plantas de cereais pela fotossíntese, que exigia maior organização dos recursos hídricos, isso exigiu a comunicação consistente de informações essenciais para que a replicação em grande escala de conceitos pudessem ser implementadas uniformemente. Isto exigiu o surgimento da escrita cuneiforme. Hoje, temos a internet, e temos fontes alternativas de energia, basta haver uma evolução da consciência da humanidade como um todo e de suas lideranças para que a revolução comece a acontecer em grande escala. Para isso é preciso que os senhores do petróleo evoluam ou sejam destituidos de seu poder e domínio, deixando de insistir na manutenção de uma fonte obsoleta de energia em defesa de seus interesses mesquinhos.

Esse vídeo traz uma clara mensagem para os donos da indústria do petróleo e as grandes lideranças do planeta. Vocês tem duas alternativas: continuar a usar todo o seu poder, adquirido durante a era energética do petróleo, para manter as coisas como estão e apenas usufruir desse poder ao longo do curto espaço de suas vidas ou tomar a decisão histórica de investir todo esse poder na criação e desenvolvimento de novas fontes de energia. Ou seja, vocês tem o poder de entrar para a história como uns dos principais responsáveis pela destruição do planeta ou como os principais responsáveis pela revolução energética que irá salvar o planeta. A maior fonte energética da Terra é seu campo magnético. No dia em que tivermos tecnologia para utilizar essa fonte, teremos energia abundante e barata para suprir todas as necessidades da humanidade, para sempre, sem causar qualquer dano à natureza. Então, não há nada mais inteligente a fazer do que investir todos os recursos disponíveis na pesquisa e desenvolvimento dessa tecnologia. Seu maior poder não é a força que o domínio da indústria do petróleo lhes dá, mas o poder de decidir o que fazer com essa força.

http://projetocrisalida.ning.com/video/video/show?id=3059806%3AVideo%3A2064

terça-feira, 9 de outubro de 2012

TEDxVilaMadá - Wellington Nogueira - The wisdom of children

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